27/Set/2012 - Aventuras a sul de Lima...

Hoje foi um dia em cheio que começou nem mais nem menos às 4h da manhã... O plano estava definido, minimamente, e tinhamos de o cumprir, custasse o que custasse... Depois de nos preparármos, eu e a Ana saímos do hotel (estava de noite, mas mesmo assim conseguia ouvir-se as buzinas dos carros por todo o lado em Lima...) em direcção ao carro e partímos depois para sul... O primeiro destino foi Paracas, uma reserva natural na costa oeste do Perú, onde iríamos poder ver a fauna que existe nesta região... Antes de Paracas passámos por Chincha Alta, uma verdadeira confusão rodoviária (imaginem a Índia no seu melhor...), buzinas que não param de tocar, carros, motas e pessoas à mistura no meio da estrada, estradas em "excelentes condições", piscas que não existem, cães de rua no meio dos carros e lixo por todo o lado... Parecia que tinha caído uma bomba nuclear e o que vimos foram de facto os restos desta ocorrência... Enfim... Quando chegámos finalmente a Paracas metemo-nos no barco para irmos visitar as Islas Ballestas, um paraíso faunístico natural... Contudo, para estarmos habilitados a fazer esta viagem é necessário pagar 10 Soles de taxa, 100 Soles de bilhete e 3 Soles para pagar à pessoa que vende os bilhetes... Incrível! A caminho das ilhas a paisagem é fenomenal... De entre as maravilhosas coisas que vimos destacam-se os pelicanos e outras aves a voar em bando formando linhas aéreas intermináveis, mas também o famoso geóglifo El Candelabro, muito semelhante às figuras que se observam nas linhas de Nazca, património mundial da UNESCO. A chegada às ilhas Ballestas foi acompanhada por um abrir de bocas de espanto... Estas ilhas fornecem abrigo a mais de 160 espécies de aves marinhas, incluindo pinguins, atobás, pelicanos e leões marinhos, com raras ocorrências de golfinhos e baleias... O barco fez uma viagem em volta das inúmeras ilhas, muito perto das mesmas... Estivémos a meros metros de leões marinhos que descansávam serenamente em cima das rochas ígneas que formam estas ilhas... Depois de cerca de 1 hora em torno deste recanto natural, voltámos a Paracas e seguimos em direcção à resrva nacional de Paracas. Aqui as pessoas têm também de pagar 3 Soles para entrar. Esta reserva é a maior área de costa protegida do Perú, com arribas altíssimas. Acolhe mais de 1800 espécies de plantas e animais e é um habitat para aves aquáticas residentes e migratórias, incluindo flamingos, pinguins, pelicanos, pilrritos, galinhas de água, atobás, corvos marinhos e gaivinas. Aqui tive umas das melhores experiências automóveis de sempre ao conduzir o Renault vermelho pelas encostas arenosas das montanhas desta região... Foi excelente e a Ana pode comprovar... Perguntem-lhe... Aqui, aproveitámos para descer a uma praia, onde encontrámos um leão marinho jovem. Ao aproximar-me ele decidiu fugir para a água, pois estava bastante desconfiado... Antes de deixármos este lugar fantástico fomos ainda visitar alguns dos miradouros e apanhar com alguma areia que era fortemente arrastada pelo vento forte... Depois de um almoço rápido em Paracas, onde nos serviram sumos naturais em sacos de plástico, seguimos para Ica para visitar Huacachina, um Oásis pseudonatural no meio do deserto... Chegámos a Huacachina por volta das 16h30. Aqui, além de visitar a pequena aldeia que ladeia a laguna verde, pudemos experienciar também a aventura radical de andar num Buggy das dunas, um carro desportivo com amortecedores fantásticos para conseguir andar velozmente pelas dunas do deserto... A aventura foi inesquecível. Mas, como se não fosse suficiente, estes carros carregam consigo pranchas de, bem, chamemos-lhe "Sandboard", para que os passageiros possam disfrutar de um, ou mais, "Sandslides" nas encostas das inúmeras dunas do deserto. Fizémos 3 descidas, uma pequena, uma média e uma grande. Quando vi a primeira perguntei se essa era de facto a pequena, pois parecia que a altura daquela encosta tinha cerca de 20 metros de altura... Mas sim, era de facto a mais pequena... A grande descida tinha cerca de 150 metros. Aqui, eu e a Ana, separadamente, fomos deitados na prancha a alta velocidade e a experienciar o sabor e o toque da areia do deserto... Foi E...S...P...ECTACULAR!!! Como é lógico, ficámos cheios de areia... Voltámos a Huacachina para jantármos rapidamente antes de voltármos ao hotel em Lima. A maior parte da viagem foi feita durante a noite e durou cerca de 4 horas, 3 das quais para chegar a Lima e 1 para conseguir chegar ao hotel... Lima é um caos e não tem qualquer tipo de sinalização. Antes de regressarmos ao hotel fomos jantar, mais uma vez, ao Café de la Paz. Chegámos ao hotel completamente estoirados e adormecemos de imediato...

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